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Saiba como é o curso de barista no Coffee Lab

  • Foto do escritor: Stephanie Ramos
    Stephanie Ramos
  • 11 de fev. de 2019
  • 3 min de leitura

curso de barista coffee lab
Descubra como é estudar em um dos laboratórios de café mais premiados do mundo (Créditos: Divulgação/Coffee Lab)

Coffee Lab já era “escola de barista” antes mesmo de ser cafeteria. As salas de aula, que ficam no segundo andar, nos fundos da casa e no anexo ao lado, passam despercebidos aos olhos do cliente. A compra dos workshops é feita por meio do site da loja do Lab. Depois de um tempo chega no seu e-mail a confirmação de compra, uma apostila online e as instruções do João Perez, responsável pelos cursos.


Coffee Lab: O Coffee Lab é um laboratório de torra, degustação e preparo de cafés de qualidade, focado em micro lotes com características singulares, responsabilidade eco-social e rastreabilidade do pé ao pacote. (texto na íntegra do site do Coffee Lab)

Adquiri o Curso de Barista Júnior e Sênior. As aulas são todas das 9h às 16h e há várias opções de datas. Quem trabalha de semana escolhe fazer aos sábados e domingos. O primeiro curso dura dois dias e o segundo, quatro. Para mim, foram três finais de semanas seguidos de puro barismo. É muita informação - teórica e prática - em pouco tempo e eu chegava cansada no final da tarde em casa.

O curso, com direito a certificado, foca no preparo do espresso. Segundo um dos professores (cada dia é um barista diferente lecionando), essa bebida é a “lente de aumento do café”: na língua, amplia o que o café tem de melhor ou pior a oferecer. É o método de preparo mais difícil de sair perfeitamente.


No Curso de Barista Júnior, o aluno aprende a manusear máquinas, preparar espressos e cappuccinos, categorizar e degustar café. Terminei essa etapa com a sensação de que não estava preparada para trabalhar logo de cara em uma cafeteria de cafés especiais.


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Fernanda (de branco) durante o curso do Coffee Lab (Créditos: Arquivo/João Perez)

O Curso de Barista Sênior é mais especializado. Há uma manhã inteira de aula apenas para aprender e classificar aromas no café. Em uma atividade, saiamos da sala de aula enquanto a professora preparava espressos com alguns erros e, ao voltar, os alunos tinham que adivinhar por meio do paladar o que tinha dado de errado no processo de preparo.


A professora-barista dizia “vocês precisam aumentar o repertório de cheiros” enquanto entregava vendas para os olhos antes de colocar embaixo de nossos narizes uma série de vidros com odores agradáveis - e outros não tão agradáveis assim - para adivinhar.

Na hora de ensinar, o Coffee Lab é tão criativo quanto didático. Além disso, voltamos a praticar espressos e cappuccinos, aprendemos a fazer macchiatos e lattes e seguimos padrões profissionais de degustação. Para formar cada turma de barista, são litros e litros de café e leite jogados fora.


Escolhi o curso por hobby, mas os integrantes das turmas - todas de até seis alunos - tinham motivações diferentes em relação à profissão. Um casal planejava abrir a própria cafeteria em Portugal, uma moça desejava trabalhar como barista na Irlanda, um cara queria sair do mundo corporativo e trocar radicalmente de área, uma mocinha já trabalhava em outra cafeteria e queria se especializar. Era quase um passatempo - e um modo de fazer amizade - perguntar o que trazia cada um ao Lab.


O horário de almoço variava entre 12h e 13h e durava uma hora, com direito às bebidas de máquina de graça aos alunos: espresso, espresso panna (chantilly), cappuccino, macchiato ou latte. Porém, é tanta degustação nas aulas que alguns alunos - eu, inclusa - pulavam o cafézinho do intervalo.


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Os cursos do Coffee Lab forma turmas de no máximo seis pessoas (Créditos: Divulgação/João Perez)

A procura pelo curso é alta. A proprietária, Isabela Raposeiras, leciona apenas o curso de Gestão de Cafeterias e a última etapa do Curso de Torra. Os outros baristas-professores foram treinados pela própria Raposeira e é perceptível que são tão competentes quanto ela.


Apenas para poder comparar, passei um dia em outras cafeterias especiais: Sterna Café e Sofá Café. A base é a mesma, mas percebi pequenas diferenças no método de funcionamento e preparo de bebidas. Apesar do Lab ser metódico e os profissionais seguirem um padrão exigente, cada barista cria o próprio jeitinho dentro das etapas de preparo. Não tem como fugir: por mais que seja um ótimo curso, para ser um bom barista é preciso entrar no mercado e praticar.


No caso de dúvidas dá para trocar uma ideia com o João Perez pessoalmente no Coffee Lab, mandar uma mensagem no cursos@raposeiras.com.br ou ligar no 99148-8052.


Sobre a autora

Fernanda Campos, 23 anos, é formado em Jornalismo, trabalha com Assessoria de Imprensa e apaixonou-se por café e fotografia. Você pode encontrá-la nas cafeterias de São Paulo, no email camposf40@gmail.com ou no insta @camposf.

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