Semáforos homenageiam pontos turísticos da cidade

Cartões postais como o Copan e o Mosteiro de São Bento fazem parte dos lugares escolhidos

No bairro do Bexiga, os semáforos homenageiam o cantor Adoniran Barbosa, intérprete de "Um Samba no Bexiga" (Créditos: Stephanie Ramos)

Você pode não os ter notado, mas lá estão desde 2013. No lugar do tradicional homem estilizado atravessando a rua, alguns dos cartões postais da cidade tomaram lugar nos semáforos dos pedestres.

A ideia veio da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), cuja equipe técnica elaborou os desenhos, que após foram impressos em larga escala no plástico que envolve o sinaleiro. Segundo a instituição, a iniciativa visa encorajar o turismo e homenagear símbolos da cidade, ao ilustrá-los. A CET também declarou que “Este insumo a CET tem em estoque. Não há custos para o projeto”.

Inicialmente foram escolhidos 15 pontos turísticos da cidade para receber a homenagem em suas faixas de pedestre, como o Copan, Mosteiro de São Bento e Liberdade que agora iluminam os caminhos em verde e vermelho.

A iniciativa se inspirou em sinalizações já existentes em cidades europeias como Fredericia, na Dinamarca que ilustra os soldados que lutaram na Batalha de Fredericia em seu farol. Além disso, os faróis facilitam o trabalho dos turistas para encontrar os pontos turísticos.

Ao todo foram 15 pontos da capital que receberam os semáforos: Catedral da Sé, Estação Júlio Prestes, Estádio do Pacaembu, Memorial da América Latina, Pátio do Colégio, Museu do Ipiranga, Copan, Mercadão, bairro da Liberdade, Edifício Itália, Pinacoteca, Ponte Octavio Frias de Oliveira e Mosteiro de São Bento, Theatro Municipal e MASP - estes dois últimos tiveram o semáforo substituído pelo comum durante o decorrer desta matéria.

Confira abaixo alguns dos semáforos espalhados pela cidade e onde encontrar

Monumento às Bandeiras

Os primeiros semáforos testado pela CET foram os do Monumento às Bandeiras, em frente ao Parque Ibirapuera. A imagem escolhida foi a escultura de Victor Brecheret, homenageando o IV Centenário de São Paulo.

Onde encontrar: Praça Armando de Sales Oliveira (de frente para o Ibirapuera)

Copan

Maior edifício residencial da América Latina, o projeto de Oscar Niemeyer com Carlos Alberto Lemos possui 35 andares divididos em seis blocos e 20 elevadores, além de 75 lojas, incluindo a Video Connection, uma das últimas locadoras da cidade.

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Onde encontrar: Avenida Ipiranga (de frente para o Copan)

Quem passa na Avenida Ipiranga, perto do Copan encontra o prédio piscando em vermelho e verde (Créditos: Stephanie Ramos)

Bixiga

Adoniran Barbosa, filho de imigrantes italianos e imortalizado por músicas como “Trem da Onze” e Samba no Bixiga é o único rosto dos semáforos, escolhido por ser um dos “personagens que se confundem com a própria história da capital”. É o único luminoso que homenageia uma pessoa.

Onde encontrar: Cruzamento das Ruas Conselheiro Carrão com Manoel Dutra.

Liberdade

O maior reduto da comunidade japonesa de São Paulo, o bairro da liberdade tem dois desenhos em seus sinaleiros turísticos. Um é a lanterna suzuarntõ, conhecidas como lanternas japonesas e o outro é o Portal Torii, símbolo do xintoísmo.

Onde encontrar: Praça de Liberdade, Rua Galvão Bueno e arredores.

Edifício Altino Arantes

O Empire State Building brasileiro levou oito anos para ser construído (o prédio foi finalizado em 1947), e foi sede do Banespa. Hoje abriga o Farol Santander, espaço que abriga exposições, mirante e até uma pista de skate. Com 161,22 metros de altura, foi a construção mais alta da cidade por 20 anos.

Onde encontrar: Próxima a sede da prefeitura de São Paulo, há 2 kms do edifício. Também se encontra na faixa de pedestres que cruza a Rua Líbero Badaró com a Praça do Patriarca.

MASP

O imponente museu vermelho, projetado por Lina Bo Bardi em 1968, foi o segundo local a ganhar o luminoso turístico. Infelizmente o luminoso do museu foi substituído por um comum em 2018.

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O luminoso que homenageava o MASP foi um dos substituídos pela versão comum (Créditos: Stephanie Ramos)

Mercadão Municipal

Projeto do arquiteto Francisco Ramos de Azevedo, o Mercadão foi inaugurado em janeiro de 1933. Ocupa 12.600 m², e atrai turistas em todos os dias da semana para comprar frutas e saborear os clássicos pastéis de bacalhau e sanduíche de mortadela.

Onde encontrar: Entre o quarteirão do Mercadão (R. Cantareira, 306)

Catedral da Sé

A maior de igreja da cidade, e um dos maiores templos neogóticos do mundo possui 111 metros de comprimento, duas torres com a altura de 92 metros e consegue abrigar até 8 mil pessoas. No topo da porta principal, estão esculpidos em pedra: cacau, trigo e uva - três grande impulsionadores do crescimento econômico do Brasil.

Onde encontrar: Praça da Sé e Rua Anita Garibaldi.